TecBan cria 'sandbox' para participantes do Banco24Horas testar real digital

A TecBan, dona dos caixas eletrônicos do Banco24Horas, desenvolveu um "sandbox" próprio para que 150 bancos e instituições ligadas a sua rede possam testar as funcionalidades do real digital, a versão tokenizada da moeda brasileira em desenvolvimento pelo Banco Central (BC).
Os testes ocorrerão em ambiente virtual, seguindo os padrões de contratos inteligentes e as funcionalidades propostas pelo BC no piloto do real digital, do qual participam 16 consórcios.
Um desses consórcios foi organizado pela TecBan, que reuniu 12 instituições financeiras, provedores de tecnologia e startups criptonativas para participar do piloto. Entre os testes propostos, a TecBan desenvolve uma Cédula de Produto Rural (CPR) tokenizada na infraestrutura do real digital em parceria com o Banco da Amazônia (Basa).
'Nosso objetivo é oferecer empresas parceiras um ambiente virtual de testes para que elas possam desenvolver seus próprios casos de uso, evoluir em suas provas de conceitos e desenvolver pilotos de produtos e serviços', disse Luiz Fernando Lopes, gerente de plataformas digitais da TecBan.
Segundo Lopes, o sandbox da TecBan será um ambiente controlado e isolado para os desenvolvedores simularem transações, testarem recursos de segurança, identificarem possíveis vulnerabilidades e analisarem o desempenho da CBDC sem impactar a infraestrutura do sistema financeiro.
Também permitirá que os reguladores e as instituições financeiras compreendam melhor os possíveis impactos e implicações da introdução das moedas digitais antes de sua implementação em larga escala. "Isso ajuda a mitigar riscos, tomar decisões informadas e ajustar o design para garantir estabilidade, segurança e eficiência", disse.
O sandbox da TecBan poderá ser acessado inclusive por instituições e empresas que não têm acesso à rede Banco24Horas, disse Lopes.
No consórcio estão também Pinbank Brasil, que atua com banco digital, maquininhas e e-commerce; Banco Arbi, que atende empresas com antecipação de recebíveis, capital de giro e consignado; a cooperativa de crédito Cresol; a provedora de infraestrturua de nuvem Amazon Web Services (AWS); a fintech Parfin, que fornece tecnologia para tokenização e negociação de ativos digitais; o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações); a ClearSale, de soluções antifraude e score de crédito; a Dinamo Networks, de segurança digital e anonimização de dados, que faz a criptografia do Pix; a tokenizadora nTokens; e a plataforma cripto Foxbit.